quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
terça-feira, 21 de dezembro de 2010
Menino Deus
Fernando Gaspar, pintura
menino deus,2003
(texto para quadro)
O Silêncio. O Branco.
A reflexão sem a urgência do papel fantasia.
Sem as cores com que nos desviam.
Pintei de branco pela paz, de ouro pela dádiva.
Celebrei a Vida invocando a Morte;
Risquei o Cometa – a Luz;
Cruz de marca, cruz de morte.
Sinal de assinalado, sinal de assassinado.
Coroa de Rei escolhido.
Fiz vir do Céu a Mão:
Terreno e Divino tocar-se,
Como no tecto de Roma:
Presente, a Omnipresença.
Quietude e Silêncio.
Branco.
Como as Noites de Belém,
Como as Noites de Bagdade,
Bandeiras de Tien Anmen,
Branco como os lenços
Das Mães da Praça de Maio.
Verde a folha da oliveira,
Folha da Utopia, Cor do Querer.
E nós aqui. Assim...
Dezembro 2003
Fernando Gaspar
sábado, 11 de dezembro de 2010
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
terça-feira, 23 de novembro de 2010
terça-feira, 2 de novembro de 2010
domingo, 31 de outubro de 2010
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
terça-feira, 5 de outubro de 2010
domingo, 3 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
Desenho
Com um lápis fiz um reino, de azul um castelo grande como uma árvore.
A ela subi, num abraço desajeitado e folha a folha a toquei como se fosse gente. Falou comigo soprando o seu cheiro e pediu um filho pássaro.
De papel e seiva o fiz.
Um pássaro livre como um aceno, que num tremor se entregou à manhã, voando para dentro de nós. Deu três voltas amplas roçando as estrelas e partiu. Desta vez, para fora do tempo como se a ele sempre tivesse pertencido por momentos.
Procurei-o nas minhas dúvidas com a certeza do seu regresso.
Cansado, voltei. Ao chão tinham voltado também as folhas secas. Dormi.
No sonho voltou e no seu bico um pincel de luar…
Ao pincel juntei a água e dele saiu o mar e o vento.
Da minha mão direita soltou-se um barco, com a esquerda o guiei pelas ondas doces, seguindo a curva tensa do arco-íris…
Chiu! Não façam barulho…
Fernando Gaspar
22 de Setembro de 2010
A ela subi, num abraço desajeitado e folha a folha a toquei como se fosse gente. Falou comigo soprando o seu cheiro e pediu um filho pássaro.
De papel e seiva o fiz.
Um pássaro livre como um aceno, que num tremor se entregou à manhã, voando para dentro de nós. Deu três voltas amplas roçando as estrelas e partiu. Desta vez, para fora do tempo como se a ele sempre tivesse pertencido por momentos.
Procurei-o nas minhas dúvidas com a certeza do seu regresso.
Cansado, voltei. Ao chão tinham voltado também as folhas secas. Dormi.
No sonho voltou e no seu bico um pincel de luar…
Ao pincel juntei a água e dele saiu o mar e o vento.
Da minha mão direita soltou-se um barco, com a esquerda o guiei pelas ondas doces, seguindo a curva tensa do arco-íris…
Chiu! Não façam barulho…
Fernando Gaspar
22 de Setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
Rosa Flôr
fernando gaspar, pintura
rosa-flôr, 2009, 60x60cm, acrílico e carvão sobre tela
http//www.fernandogaspar.com/
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
segunda-feira, 23 de agosto de 2010
desenhos
Do centro da minha cabeça às pontas dos meus dedos existe uma recta com oitenta e nove centímetros.
No entanto, quando desenho, deixo para trás a vida como se voltar fosse improvável.
Parto para longe, no mais áspero dos caminhos.
fernando gaspar, desenhos
quinta-feira, 19 de agosto de 2010
sábado, 31 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
domingo, 18 de julho de 2010
quarta-feira, 14 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
sexta-feira, 2 de julho de 2010
terça-feira, 29 de junho de 2010
AmorPolis
Da escola EB1 de Albergaria-a-Nova e Jardim de Infância surgiu em Maio o convite, à semelhança de que já tinha sido feito a outras pessoas de outras áreas artísticas e profissionais (ex. Henk Van Twilert, músico holandês), para a execução de um trabalho de pintura em directo com os alunos. O tema era livre e também ao meu critério ficaria a forma como todo o processo se desenrolaria.
Optei pelo tema das “cidades imaginárias” e pelo trabalho partilhado com os miúdos.
Com eles, e numa breve introdução escolhemos o nome de AmorPolis e expliquei que a dinâmica da feitura do trabalho se iria desenvolver, estabelecendo um paralelismo com as próprias dinâmicas de crescimento das cidades.
Caóticas e pouco estruturadas, no início, tenderiam a crescer de uma forma cada vez mais metódica e organizada, tentando ser, por força do empenho colectivo e pessoal , um espaço cada vez mais inclusivo, tolerante, qualificado e pacífico.
Do primeiro “amontoado” de desenhos e rabiscos que traduziram o entusiasmo de todo o grupo, a tela ia lentamente sendo um espaço de partilha e aceitação, não obstante a necessidade (como acontece às cidades!) de terem, sob uma ordem estabelecida, que ser renovadas, esbatidas e acrescentadas constantemente as participações de cada individuo nela.
Por fim, e por me caber o papel de “Urbanista Sénior” nesta “empreitada”, o trabalho foi por mim concluído já em “atelier” (com muito mais silêncio e sossego!!! )
A obra foi oferecida por mim à escola para dela fazer parte.
Aproveito para agradecer e todos os envolvidos (grandes e pequenos!!) a colaboração prestada.
Fernando Gaspar
Fernando Gaspar na introdução da empreitada ao grupo de alunos
Optei pelo tema das “cidades imaginárias” e pelo trabalho partilhado com os miúdos.
Com eles, e numa breve introdução escolhemos o nome de AmorPolis e expliquei que a dinâmica da feitura do trabalho se iria desenvolver, estabelecendo um paralelismo com as próprias dinâmicas de crescimento das cidades.
Caóticas e pouco estruturadas, no início, tenderiam a crescer de uma forma cada vez mais metódica e organizada, tentando ser, por força do empenho colectivo e pessoal , um espaço cada vez mais inclusivo, tolerante, qualificado e pacífico.
Do primeiro “amontoado” de desenhos e rabiscos que traduziram o entusiasmo de todo o grupo, a tela ia lentamente sendo um espaço de partilha e aceitação, não obstante a necessidade (como acontece às cidades!) de terem, sob uma ordem estabelecida, que ser renovadas, esbatidas e acrescentadas constantemente as participações de cada individuo nela.
Por fim, e por me caber o papel de “Urbanista Sénior” nesta “empreitada”, o trabalho foi por mim concluído já em “atelier” (com muito mais silêncio e sossego!!! )
A obra foi oferecida por mim à escola para dela fazer parte.
Aproveito para agradecer e todos os envolvidos (grandes e pequenos!!) a colaboração prestada.
Fernando Gaspar
Fernando Gaspar na introdução da empreitada ao grupo de alunos
AmorPolis, 2010, acrílico e colagem sobre tela, 100x200cm(díptico)
Fernando Gaspar
EB1 Albergaria-a-Nova + Jardim Infantil
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