CADERNO DE SIENA
Comigo há cerca de dezanove anos...
Cheio de nomes, números de telefone etc.
Ao Beppe e ao Giorgio: Grazie!!!
quarta-feira, 31 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Há muito, muito tempo...
INSECTOS, série Bestiário
Espaço Enquadrar, Aveiro, 2002
t-shirt convite
catálogo da exposição
sala
fernando gaspar, insectos, acrílico e tecido recortado sobre tela, 2002, 30x30cm
Espaço Enquadrar, Aveiro, 2002
t-shirt convite
catálogo da exposição
sala
fernando gaspar, insectos, acrílico e tecido recortado sobre tela, 2002, 30x30cm
sexta-feira, 26 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
Rebelião...
inauguração da exposição:
Rebelião no Zoo - parte II,
Fernando Gaspar
Galeria de Arte do Casino Estoril
20 de março de 2010
nas fotos:
Fausto Neves, Tita; Nuno lima de Carvalho; Rogério Timóteo; Domingos Fernandes; Elsa; António Mendes; Filomena; Margaret; Jorge Martinho; Paulo Ossião; Pedro Lima de Carvalho; João Pereira da Silva; Mário Santiago; Luís Pinho; Lívio de Morais; Cohen Fusé; Fernando Gaspar.
Rebelião no Zoo - parte II,
Fernando Gaspar
Galeria de Arte do Casino Estoril
20 de março de 2010
nas fotos:
Fausto Neves, Tita; Nuno lima de Carvalho; Rogério Timóteo; Domingos Fernandes; Elsa; António Mendes; Filomena; Margaret; Jorge Martinho; Paulo Ossião; Pedro Lima de Carvalho; João Pereira da Silva; Mário Santiago; Luís Pinho; Lívio de Morais; Cohen Fusé; Fernando Gaspar.
terça-feira, 23 de março de 2010
Dica #2
catálogo completo da exposição no scribd:
http://www.scribd.com/doc/28802776/fernando-gaspar-rebeliao-no-zoo-parte-II
http://www.scribd.com/doc/28802776/fernando-gaspar-rebeliao-no-zoo-parte-II
Rebelião...
A olhar estas telas senti que todos os animais possuem à nossa semelhança a chama da vida, a ternura nos olhos, a beleza no corpo e serão sempre seres sensíveis ou distantes, agressivos ou afáveis, comunicativos ou indiferentes como qualquer comum dos mortais.
Dias depois, por curiosidade, fui ver ao dicionário o significado da palavra animal – ser organizado, dotado de sensibilidade e movimentos próprios. Voltei então a reflectir um pouco mais sobre estas obras, agora sem as olhar.
De facto, esta Rebelião no zoo - parte II traz-nos novamente a possibilidade de fruir e regressar à infância dos sonhos numa viagem individual irrecusável que apela também a uma racionalidade diferenciadora que nos permite pensar diferentemente, mas também se o desejarmos, colectivamente.
É, portanto, com base nessa capacidade de nos introspecionarmos, nos emocionarmos, de nos surpreendermos (a nós e aos outros) que aprendemos, entendemos e acreditamos nas nossas (in)finitas potencialidades e daqui é possível a felicidade como é imperioso o amor.
Assim acontece nesta exposição onde o enigmático e desconcertante mundo dos animais de Fernando Gaspar nos leva para o imaginário quase real em que até, se for caso disso, rimos de nós próprios encontrando nestes bichos uma autenticidade tal, como se de um filme de desenhos animados se tratasse, passando e contando na tela, cada um a sua fábula.
Mar.2010
João Pereira da Silva
In cat. Rebelião no zoo – parte II
dragão, 2010, acrílico sobre tela, 100x73cm
rescue, 2010, acrílico sobre tela, 82x65cm
kiss me twice, 2010, acrílico sobre tela, 100x73cm
Dias depois, por curiosidade, fui ver ao dicionário o significado da palavra animal – ser organizado, dotado de sensibilidade e movimentos próprios. Voltei então a reflectir um pouco mais sobre estas obras, agora sem as olhar.
De facto, esta Rebelião no zoo - parte II traz-nos novamente a possibilidade de fruir e regressar à infância dos sonhos numa viagem individual irrecusável que apela também a uma racionalidade diferenciadora que nos permite pensar diferentemente, mas também se o desejarmos, colectivamente.
É, portanto, com base nessa capacidade de nos introspecionarmos, nos emocionarmos, de nos surpreendermos (a nós e aos outros) que aprendemos, entendemos e acreditamos nas nossas (in)finitas potencialidades e daqui é possível a felicidade como é imperioso o amor.
Assim acontece nesta exposição onde o enigmático e desconcertante mundo dos animais de Fernando Gaspar nos leva para o imaginário quase real em que até, se for caso disso, rimos de nós próprios encontrando nestes bichos uma autenticidade tal, como se de um filme de desenhos animados se tratasse, passando e contando na tela, cada um a sua fábula.
Mar.2010
João Pereira da Silva
In cat. Rebelião no zoo – parte II
dragão, 2010, acrílico sobre tela, 100x73cm
rescue, 2010, acrílico sobre tela, 82x65cm
kiss me twice, 2010, acrílico sobre tela, 100x73cm
segunda-feira, 22 de março de 2010
Rebelião...
Os bichos voltaram!
Trouxeram as cores, os gestos, os ruídos - alfabetos rudimentares.
Mais uma vez conspiram e se rebelam, contidos e confinados ao espaço que lhe reservamos no nosso egoísmo e na nossa soberba. O zoo de cada uma das nossas cidades, o zoo em que transformamos os nossos lugares. O zoo, sítio de confronto e de catarse - arena onde montamos esta farsa tosca.
Contam-nos coisas de onde vieram, terras para onde não mais voltarão, levam-nos aos cheiros que perdemos aos gestos que já esquecemos. Toda a verdade no mais falso dos mundos.
Nós vamos roçando por eles lentamente aos domingos - dia de todos os arrependimentos. E envergonhadamente trajamos a sua dignidade, expiando e purgando a massa fétida das nossas vidas.
E a garra já não vale, o dente não rasga. De nada adianta agora o que vingou a estirpe e a fez vencer o tempo. Possuídos e coleccionados na reserva da nossa consciência, reduto e retiro último da nossa essência e matriz. Eles guardam essa potência mas também a genuinidade para nos lembrar o quanto ainda somos vulneráveis à sedução de qualquer pecado, frágeis e indefesos perante as vontades maiores de qualquer capricho.
Eles carregam e espelham os nossos defeitos, na medida da nossa percepção para os entender.
E por momentos, num trocar cúmplice de olhares, vistamos uma vez mais as suas penas, escamas e pelos; e entre os muros e as redes que confinam os nossos horizontes, nos delimitam as capacidades e nos tolhem as atitudes, saibamos olhar para fora. Saibamos ver para além dos fossos e para lá do ferro das grades. Que num voo amplo e planado, numa corrida solta e graciosa, num grito original, ensaiemos de novo o regresso ao sítio onde nunca estivemos.
Fev.2010
Fernando Gaspar
in cat. Rebelião no zoo – parte II
rino, acrílico sobre tela, 2010, 100x73cm
silêncio, acrílico sobre tela, 2010, 100x73cm
Trouxeram as cores, os gestos, os ruídos - alfabetos rudimentares.
Mais uma vez conspiram e se rebelam, contidos e confinados ao espaço que lhe reservamos no nosso egoísmo e na nossa soberba. O zoo de cada uma das nossas cidades, o zoo em que transformamos os nossos lugares. O zoo, sítio de confronto e de catarse - arena onde montamos esta farsa tosca.
Contam-nos coisas de onde vieram, terras para onde não mais voltarão, levam-nos aos cheiros que perdemos aos gestos que já esquecemos. Toda a verdade no mais falso dos mundos.
Nós vamos roçando por eles lentamente aos domingos - dia de todos os arrependimentos. E envergonhadamente trajamos a sua dignidade, expiando e purgando a massa fétida das nossas vidas.
E a garra já não vale, o dente não rasga. De nada adianta agora o que vingou a estirpe e a fez vencer o tempo. Possuídos e coleccionados na reserva da nossa consciência, reduto e retiro último da nossa essência e matriz. Eles guardam essa potência mas também a genuinidade para nos lembrar o quanto ainda somos vulneráveis à sedução de qualquer pecado, frágeis e indefesos perante as vontades maiores de qualquer capricho.
Eles carregam e espelham os nossos defeitos, na medida da nossa percepção para os entender.
E por momentos, num trocar cúmplice de olhares, vistamos uma vez mais as suas penas, escamas e pelos; e entre os muros e as redes que confinam os nossos horizontes, nos delimitam as capacidades e nos tolhem as atitudes, saibamos olhar para fora. Saibamos ver para além dos fossos e para lá do ferro das grades. Que num voo amplo e planado, numa corrida solta e graciosa, num grito original, ensaiemos de novo o regresso ao sítio onde nunca estivemos.
Fev.2010
Fernando Gaspar
in cat. Rebelião no zoo – parte II
rino, acrílico sobre tela, 2010, 100x73cm
silêncio, acrílico sobre tela, 2010, 100x73cm
quinta-feira, 18 de março de 2010
terça-feira, 16 de março de 2010
O Afecto, o Tempo e o Rio
itinerante 2008_2009
Cáceres, Salamanca, Zamora, valladolid, Saragoça, Soria...
Fundación Caja Duero
fernando gaspar_pintura
Catorze Textos Para Quinze Pinturas
(...)
Este rio só existe porque o sinto. E pinto. E vejo a deslizar de encontro ao mar. E vejo a alisar as rochas que se espreguiçam sobre as margens. Este rio só existe porque o pinto. E sinto. E sonho com o galgar furioso das águas. E sonho com ranchos de mulheres depenicando a natureza. Este rio só existe porque o sinto e porque o pinto. E canto o castanho dos montes que se aninham lá ao fundo. E canto o branco de amendoeiras e estevas que se estendem para um e para o outro lado da fronteira. E vou assim talhando a duas cores o reboliço, o desassossego e a alegria da insólita paisagem.
(...)
O tempo é um contratempo se no tempo quero buscar o equilíbrio e o sentido das cores que o próprio tempo tingiu ao longo do tempo. Brinco com o tempo porque o tempo me ensinou a não temer os seus contratempos. O tempo tem curvas e contracurvas, tempos e contratempos. O tempo é arquitecto, pintor e escultor desta inebriante paisagem que o rio também ajudou a construir. Por isso o tempo é o rio e o rio é o tempo e assim será ao longo dos tempos. O rio e o tempo criaram espaços e formas que protegem e acolhem as gentes dos dois lados da fronteira. Há muito tempo e sob todos os tipos de tempo...
(...)
Pinto a Primavera e procuro fazer a síntese de todas as cores que enchem os montes e vales destas paragens. Canto o alvoroço e a exaltação que invade a natureza depois da quietude quase morta do Inverno. Misturo os sentidos com o abrir das flores que cobrem as encostas atravessadas pelo rio. Fixo um bando de pássaros que voa em espirais contínuas sobre uma grande barca que baloiça lentamente rio acima. Destaco as flores brancas da esteva que brotam da terra castanha e pedregosa. Sonho em castanho e branco. Tudo renasce em duas cores no lento bambolear da geométrica imaginação.
(...)
Falo-te em enfrentar de vez o branco imenso do papel e nunca mais parar de dizer o que vejo nas aldeias todas em que ouso vaguear. Tropeço na miragem da escrita. Cabeça a cem à hora voando e discorrendo sobre os sonhos de cantar a vida toda num papel! A vida toda na ponta da caneta. Estás meio aninhado em frente a mais uma enorme tela branca. Pareces espreitar por baixo de uma mancha de tinta acastanhada ainda fresca. Preenches os espaços com rigor desalinhado. Vejo pela janela a sublime inspiração da tua escrita. E saio devagar apertando a caneta contra o centro do meu peito.
Domingos Fernandes
São Pedro do Estoril
Abril de 2007
in cat. O Afecto, o Tempo e o Rio
fotos da exposição no Palácio Garcigrande em Salamanca
Cáceres, Salamanca, Zamora, valladolid, Saragoça, Soria...
Fundación Caja Duero
fernando gaspar_pintura
Catorze Textos Para Quinze Pinturas
(...)
Este rio só existe porque o sinto. E pinto. E vejo a deslizar de encontro ao mar. E vejo a alisar as rochas que se espreguiçam sobre as margens. Este rio só existe porque o pinto. E sinto. E sonho com o galgar furioso das águas. E sonho com ranchos de mulheres depenicando a natureza. Este rio só existe porque o sinto e porque o pinto. E canto o castanho dos montes que se aninham lá ao fundo. E canto o branco de amendoeiras e estevas que se estendem para um e para o outro lado da fronteira. E vou assim talhando a duas cores o reboliço, o desassossego e a alegria da insólita paisagem.
(...)
O tempo é um contratempo se no tempo quero buscar o equilíbrio e o sentido das cores que o próprio tempo tingiu ao longo do tempo. Brinco com o tempo porque o tempo me ensinou a não temer os seus contratempos. O tempo tem curvas e contracurvas, tempos e contratempos. O tempo é arquitecto, pintor e escultor desta inebriante paisagem que o rio também ajudou a construir. Por isso o tempo é o rio e o rio é o tempo e assim será ao longo dos tempos. O rio e o tempo criaram espaços e formas que protegem e acolhem as gentes dos dois lados da fronteira. Há muito tempo e sob todos os tipos de tempo...
(...)
Pinto a Primavera e procuro fazer a síntese de todas as cores que enchem os montes e vales destas paragens. Canto o alvoroço e a exaltação que invade a natureza depois da quietude quase morta do Inverno. Misturo os sentidos com o abrir das flores que cobrem as encostas atravessadas pelo rio. Fixo um bando de pássaros que voa em espirais contínuas sobre uma grande barca que baloiça lentamente rio acima. Destaco as flores brancas da esteva que brotam da terra castanha e pedregosa. Sonho em castanho e branco. Tudo renasce em duas cores no lento bambolear da geométrica imaginação.
(...)
Falo-te em enfrentar de vez o branco imenso do papel e nunca mais parar de dizer o que vejo nas aldeias todas em que ouso vaguear. Tropeço na miragem da escrita. Cabeça a cem à hora voando e discorrendo sobre os sonhos de cantar a vida toda num papel! A vida toda na ponta da caneta. Estás meio aninhado em frente a mais uma enorme tela branca. Pareces espreitar por baixo de uma mancha de tinta acastanhada ainda fresca. Preenches os espaços com rigor desalinhado. Vejo pela janela a sublime inspiração da tua escrita. E saio devagar apertando a caneta contra o centro do meu peito.
Domingos Fernandes
São Pedro do Estoril
Abril de 2007
in cat. O Afecto, o Tempo e o Rio
fotos da exposição no Palácio Garcigrande em Salamanca
sábado, 13 de março de 2010
Dica #1
fernando gaspar no Scribd.com
...tudo muito arrumadinho!
...tudo muito arrumadinho!
Avulsas
fernando gaspar_pintura
conquista I, 2004, acrílico sobre tela, 46x38cm;
conquista II, 2004, acrílico sobre tela, 46x38cm;
cerco, 2004, acrílico sobre tela, 120x80cm;
Colecção Altis, Lisboa
conquista I, 2004, acrílico sobre tela, 46x38cm;
conquista II, 2004, acrílico sobre tela, 46x38cm;
cerco, 2004, acrílico sobre tela, 120x80cm;
Colecção Altis, Lisboa
momentos de luz
Microarte galeria
Lisboa 2005
t-shirt numerada e assinada
mão, carvão e acrílico sobre tela, 20x20cm
mãos, composição 1
mãos, composição 2
aspecto da galeria
aspecto da galeria
Conjunto de trabalhos de pequeno formato (20x20cm), tal como a vocação da galeria. Foi editada uma "t-shirt" numerada e assinada. O tema a que aqui me propus, em registo de estudo a carvão e acrílico sobre tela, foi a MÃO (bicho de cinco cabeças de quem se foge a sete pés!!!)
Lisboa 2005
t-shirt numerada e assinada
mão, carvão e acrílico sobre tela, 20x20cm
mãos, composição 1
mãos, composição 2
aspecto da galeria
aspecto da galeria
Conjunto de trabalhos de pequeno formato (20x20cm), tal como a vocação da galeria. Foi editada uma "t-shirt" numerada e assinada. O tema a que aqui me propus, em registo de estudo a carvão e acrílico sobre tela, foi a MÃO (bicho de cinco cabeças de quem se foge a sete pés!!!)
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